Para Steven Johnson, autor De Onde Vêm as Boas Ideias, as grandes inovações não resultam de talentos individuais ou de mentes superiores isoladas. A imagem que temos do gênio solitário que repentinamente tem uma ideia espetacular, portanto, não passaria de mito. “Os momentos eureka são raros. E, quando realmente acontecem, são resultado de um processo lento e evolucionário.” As maiores invenções, diferente do que estamos acostumamos a pensar, precisam dos ambientes propícios para que possam germinar. Mas afinal, quais seriam as características desses ambientes? Quais processos estimulam nossa criatividade? Como podemos recriá-los em nosso cotidiano? São perguntas como essas que o autor responde no livro ‘De onde vêm as boas ideias’. Além disso, Steven também nos ensina que as grandes criações resultam do amadurecimento de uma longa pesquisa, do exercício de pensar sobre, e, sobretudo, no ambiente. Portanto, não se frustre por não ter uma ideia espetacular repentinamente em um passe de mágica! E mais, se anime, pois o autor nos conta que com as ferramentas presentes nos dias de hoje qualquer pessoa é capaz de criar algo inovador! É preciso, porém, saber cultivar esses espaços.
Segue um spoiler: há sete padrões fundamentais dos processos de inovação que Steven considera fundamental, entre eles está o adjacente possível, que seria ter em mente como ideias evoluem a partir de outras ideias e que cenários análogos podem ser uma boa oportunidade para se inspirar. Outro grande padrão fundamental é o caso das redes líquidas, que são os meios onde as informações e ideias podem propagar com muito mais liberdade e facilidade, permitindo assim que as informações se choquem umas nas outras constantemente. Quanto maior minha rede, maior a possibilidade de surgir boas ideias. Esse é o motivo pelo qual cidades maiores costumam ser mais propícias a boas ideias; elas reúnem pessoas diferentes, culturas e modos de organização mais plurais.
Além disso, o autor nos ensina como nosso processo de intuição pode ser lento, por isso, nos recomenda que ideias e informações sejam registradas e revistas frequentemente para fortalecer nossa conexões mentais. O quarto padrão estaria na Serendipitia, que significa encontrar soluções por acaso, como estar pesquisando a cura para determinada doença X e por acaso descobrir a cura para doença Y. O quinto padrão é para animar aqueles que já erraram bastante, pois ele nos diz que as pessoas com mais boas ideias, também são as que erram mais (é claro, elas fazem mais conexões!).
Já no penúltimo padrão elencado, Steven nos diz como invenções de uma área podem ser aplicadas em outra (caso de exaptação). O GPS, por exemplo, foi criado para fins militares e hoje já utilizado para fins diversos. No último padrão, que é o das plataformas, podemos notar que dificilmente uma ideia surge do zero, pois isso o nome plataforma, porque para enxergar mais longe é preciso se apoiar na base de outras grandes ideias.
Para quem estiver curioso e quiser saber mais, confira o vídeo: